segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O dó que me resta

Gostaria de escrever sofre a felicidade. Algo alegre, espirituoso, leve; mas me é impossível escrever sobre algo que não sinto, ao menos agora. Queria falar sobre as inúmeras felicidades clandestinas que me invadem vez ou outra. Queria contar as amizades fortuitas e intensas. Queria exprimir o espasmo das paixões violentas. Queria contar uma nota, no entanto só acho um dó, e é isso que tenho pr'a hoje.
SE a felicidade dos outros é tocante, porque ela não me toca? Quero senti-lá.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ora deabundância ora reticências

É preciso exorcizar um cheiro, uma água, um lençol.
Entre as ninharias presentes, isto subsiste.
Reclama lágrimas, dispões de um direito que não possui.
Move as entranhas, arromba com cinismo a porta.
Quero dizer que fiz um tipo de aborto, mas isso ainda não me é possível; resta-me, então, tentar exorcizar o colarinho, a praia, o motel.